Nos últimos anos, a cidade do Rio vem recebendo moradores nada comuns: filhotes de pingüins, trazidos por correntes marítimas da Patagônia. Só este ano, o zoológico de Niterói recebeu 478 aves. Com o aumento dos ‘forasteiros’, a instituição conta, desde 2000, com a ajuda da ONG S.O.S Aves para acolher os animais."Eles fazem uma longa viagem para chegar à costa fluminense e perdem a camada de gordura, por isso são encontrados com hipotermia, debilitados além de asa quebrada no percurso da viagem. Já vi também na necropsia alguns que morreram sem conseguir comer por ter engolido saco plástico", explica Lucia Estrela, diretora da ONG.
Quando encontrados nas praias, os pingüins são encaminhados pelo Grupamento Marítimo do Estado (G-MAR) tanto para o Zoo quanto para a residência dos associados da ONG S.O.S Aves. Hoje, boa parte desses animais já foi levada pela Força Aérea Brasileira (FAB) para o Centro de Recuperação de Animais Marinhos, no sul do país. Porém, alguns ainda se encontram na casa da sócia e militante ecológica Cecília Breves, no Humaitá Zona Sul do Rio. Lá, são tratados como membros da família, passeiam pela casa, brincam, tomam banho de piscina e comem o seu prato preferido "sardinha".
A ONG S.O.S Aves não concorda com a devolução inadequada desses animais. Segundo Lúcia Estrela, embora excelentes nadadores, muitos pingüins, ao serem devolvidos ao habitat, não conseguirão nadar contra a correnteza. "Eles acabaram morrendo”, destaca.
Por Daniele Caravlho
segunda-feira, 29 de setembro de 2008
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